quarta-feira, 31 de março de 2010

DICAS DE PORTUGUÊS:"Palavras coringas" II

O verbo COLOCAR é outro caso de uso excessivo de palavras e merecem muito cuidado  em seu uso quando for necessário escrever um texto que exija mais formalidade, ou mesmo em casos de discurso ou falas mais formais.


Em uma mesa-redonda, certa vez um aluno disse: ”Professor, posso fazer uma colocação?” Imediatamente o professor respondeu: ”Em mim, não!”


Vamos observar alguns exemplos que comprovam o empobrecimento do nosso vocabulário devido ao uso exagerado do verbo COLOCAR:


1. O soldado não quis colocar a farda.
2. É preciso colocar mais sal no feijão.
3. O médico foi obrigado a colocar uma sonda.
4. Ele decidiu colocar o anúncio no jornal.
5. Eles não querem colocar os quadros nesta parede.
6. Para não cair, precisou colocar as mãos nos ombros do colega.
7. Os ladrões pretendiam colocar o dinheiro roubado na lixeira.
8. É necessário colocar em prática todas as suas idéias.
9. É bom não colocar essa palavra no texto.
10. O diretor pediu a palavra para colocar suas idéias.

Antes de continuar lendo o restante do artigo, releia  do 1 ao 10 substituindo o verbo colocar por outros que possam continuar dando o mesmo sentido às frases.Depois verifique se as frases abaixo contém os mesmos verbos usados por você.
Vejamos agora como poderíamos enriquecer-las evitando essa chatice de tanto emprego do verbo COLOCAR:


1. O soldado não quis vestir a farda.
2. É preciso acrescentar mais sal no feijão.
3. O médico foi obrigado a introduzir uma sonda.
4. Ele decidiu publicar um anúncio no jornal.
5. Eles não querem pendurar o quadro nessa parede.
6. Para não cair precisou apoiar (ou pousar) as mãos nos ombros do colega.
7. Os ladrões pretendiam esconder o dinheiro roubado na lixeira.
8. É necessário por em prática todas as suas idéias.
9. É bom não escrever (ou empregar, usar) essa palavra no texto.
10. O diretor pediu a palavra para expor suas idéias.


Depois de todas essas “colocações”, vou tentar "colocar" minha cabeça em ordem. Por ter "colocado' todas as minhas idéias para fora, agora eu posso "colocar" a cabeça no travesseiro e descansar. Estou esperando que você também "coloque" para fora sua opinião através de um comentáro sobre esse artigo, e que "coloque" em prática o que viu aqui: "coloque" sempre outra palavra no lugar do verbo COLOCAR.


DICAS DE PORTUGUÊS :Palavras "coringas".

Você sabia que há palavras que são “coringas”?

São palavras usadas para substituir várias outras. Isso caracteriza pobreza de conhecimento vocabulário,e torna a frase mais imprecisa,e isso é perigoso porque podemos dar várias interpretações.
Sem dúvida a pior de todas é a palavra coisa.
Frequentemente ouvimos alguém dizendo: ”Agora a coisa ficou preta”.


É bem intrigante uso da palavra COISA...Que coisa maravilhosa!Coisa é uma palavra sensacional: substitui qualquer coisa e não diz coisa alguma. É a palavra de sentido mais amplo que conheço... Faltou sinônimo, lá vai a coisa.
Coisa é uma palavra tão versátil que já virou até verbo: ”Eles estão coisando”. Lá sabe Deus o que eles estão fazendo!
Coisa é um substantivo, mas é capaz até de ser usado no grau superlativo absoluto sintético, como se fosse um adjetivo: ”Não fiz coisíssima nenhuma”.


Observe a história seguinte de um fato no Paraná:


Certo fazendeiro fez um empréstimo no banco, hipotecou a fazenda e, um mês depois, morreu. O banco,preocupado,mandou um fiscal à fazenda.Lá chegando,ficou feliz ao ver que tudo corria bem. A viúva trabalhava duro, o dinheiro investido já trazia lucro para a fazenda e o pagamento do empréstimo estava garantido. Ao retornar à sua cidade, o fiscal não teve dúvida e escreveu no relatório que enviaria a seu chefe: ”O fazendeiro morreu, mas o banco pode ficar tranqüilo porque a viúva mantém a coisa em pleno funcionamento”. Lá sabe Deus que coisa é essa!?


Não é difícil perceber que o uso dessa palavra é inadequado em textos mais cuidados e formais.


Dicas baseadas no livro "O português do dia a dia,como falar e escrever melhor".
Autor Sergio Nogueira Duarte da Silva.
Editora Rocco.


terça-feira, 30 de março de 2010

Causas do analfabetismo em jovens e adultos e as principais dificuldades enfrentadas na busca pelo letramento.

O objetivo dessa nota é mostrar alguns passos de uma pesquisa em andamento, cuja principal questão é identificar as causas do analfabetismo em jovens e adultos e as dificuldades enfrentadas pelos mesmos enquanto educandos. Para tanto se fez necessário buscar nos alunos do projeto AlfaSol (Alfabetização Solidária,e Alfabetização Cidadã da Extensão da Universidade Católica de Brasília) em Ceilândia, em parceria com o projeto EDUCS (Educação para a Cidadania e Segurança) da Polícia Militar do DF que funciona na 2ª CIA do 8º BPM em Ceilândia-DF, a resposta para este questionamento. Foram acompanhadas duas turmas, uma de vinte, e outra de dez alunos, com idades entre 18 e 79 anos.
A pesquisa, além de auxiliar o professor a entender melhor o aluno, o levará a desenvolver maneiras de alfabetizá-lo, usando o contexto da vida do mesmo, para uma melhor aprendizagem, e por conseguinte, demonstrar que a realidade vivida pelos adultos não letrados, em sua infância, é a mesma de muitas crianças e adolescentes ainda hoje no Brasil, onde, segundo as últimas pesquisas, atualmente existem mais de 14,1 milhões de analfabetos, e é visto como o país com maior número absoluto de adultos que não lêem nem escrevem na América Latina. A maioria dos alfabetizandos entrevistados é nordestina e carente financeiramente. Por isso, é bem difícil conseguir a conscientização dos responsáveis pelas políticas públicas de que esse é um problema social de nível nacional que pode ser possível resolver. O que na verdade, não deveria ser visto como um peso sobre os ombros dos governantes, haja vista que quando se investe na educação de um indivíduo, cultiva-se um caminho para a melhoria da sociedade e está automaticamente sendo plantada a semente de um ser capaz de desenvolver a possibilidade de crescimento social e econômico da própria nação. Contudo, os problemas na erradicação dessa catástrofe na educação do país, vão além do descaso visível dos responsáveis pela diminuição desses índices. Temos que enfrentar outros obstáculos, como o preconceito pelo ato de freqüentar as salas de aula já em idade adulta. Esse preconceito origina-se na maioria dos casos, das próprias famílias. Alunos com idade acima de 16 anos têm sofrido com a ridicularizarão por estarem em uma sala de aula com “velhos”, e aqueles com mais idade, ao mesmo tempo em que sofrem com a limitação física causada pela idade e desgaste mental, são desacreditados quanto a possibilidade de ainda aprender algo. Ao enfrentarmos esses entraves, percebemos que só a preparação para a leitura e escrita da palavra é insuficiente, sendo necessária a educação psicológica desses alunos. O desenvolvimento como ser humano individual, a conscientização de que são sujeitos capazes de criar e modificar sua realidade e a dos que com eles convivem. O trabalho em sala de aula tem que ir portas a fora, convencendo-os de que podem se tornar cidadãos críticos, com pensamento e visão própria, sem que seja necessário que alguém pense ou fale por eles. O desafio é torná-los parte da sociedade, prontos para lerem também as entrelinhas da vida.

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segunda-feira, 29 de março de 2010

O que é aprender?Como se aprende?Onde se aprende?
As respostas são várias... A primeira pergunta é relativa e bem fácil de responder"aprender é entender o sentido das coisas,descobrir.A segunda resposta não é muito difícil nem menos comum:"se abrindo ao desconhecido,às experiências,aos sentidos."Mas e a terceira??Quando se trata de educação formal sabe -se que a escola é o ambiente de socialização com outras crianças em que se define a vida em sociedade e inicia-se o letramento.Porém,a escola não é o único local de ensino (ou não deveria ser). A primeira referência de aprendizado da criança deveria ser sua casa,com sua família,onde os princípios,conceitos e valores teriam que ser inculcados e exaustivamente relembrados em seus primeiros anos de vida.
Hoje a família tem se esquivado dessa responsabilidade, a empurrando aos professores, e mesmo assim, em paralelo, eliminando todo o respeito que deveriam ter pelo ofício de professor (a). Os professores têm se desdobrado para serem educadores e muitas vezes pais de crianças que convivem em sala de aula.A ausência da família na busca do "ter", tem os obrigado a ensiná-los a "ser", obrigação essa dos genitores.Os valores e princípios têm sido atropelados dentro de casa,local de suas origens na vida das crianças e adolescentes.A consequência disso é situações de desrespeito e até mesmo violência dentro das escolas.Alunos não respeitam mais seus educadores e pais cobram o resultados dos mesmos afirmando em sua emitente ausência que eles têm a obrigação de ensinar além do plano político pedagógico.
A relação família x escola tem se tornado cada vez mais conturbada e o local dos primeiros ensinamentos tem sido uma grande questão a discutirmos.Então surge a questão:
A quem o sistema atual da educação tem beneficiado realmente?Se antes o importante era o rendimento do aluno para que o mesmo avançasse em sua trajetória letiva, e o respeito ao profissional da educação era primordial, hoje,a imposição de reter o mesmo na série cursada, e os conceitos familiares totalmente mudados, levam os educadores a uma situação de desvalorização que o sujeita a um sistema falho em relação ao verdadeiro objetivo da educação.

sexta-feira, 26 de março de 2010

EDUCAÇÃO COM AS MÍDIAS E PARA AS MÍDIAS


Entenda-se por mídia todo meio eletrônico que tem por finalidade comunicar rapidamente fatos a sociedade. Uma analogia interessante entre a evolução das mídias e a educação veja:

Anos60__ [Mídias informativas] __
anos70__ [Mídias passivas] __
anos80___ [Mídias autônomas-] __
anos90__ [Mídias interativas] __
ATUAL__ [Mídias interativas -Sites de relacionamento - comunicação imediata.]

Os meios de comunicação primeiros eram bastante limitados,  tínhamos apenas a televisão de um canal onde não podíamos optar em o que assistir,impondo informações sem a preocupação do que seria interessante para aquele que escutava, a partir deste ponto podemos recordar que a educação dos nossos avós e pais foi uma educação onde o objetivo era passar o conhecimento acumulado sem que o aluno pudesse participar, portanto, ele era receptor. Paralelamente às formas de comunicação em mídias,  eram refletidas nas escolas,o professor era visto como "o iluminado"(modelo de escola medieval citada no livro O ATENEU de Raul Pompéia, 1888).Podemos ver com isso, a influência das mídias na educação.Com o surgimento do controle remoto a variedades de canais, tivemos uma possibilidade maior de interagir e optar pelo que absorver,não só na televisão, mas automaticamente escolas,pois o ato de querer saber o que se passava em outro canal/visão levou á indagar sobre opiniões próprias ou não. Os vídeo cassetes,os vídeo games foram exigindo mais da interação em sala de aula,e as escolas buscam cada vez mais extinguir o modelo antigo.
Chegamos portanto, à rede de computadores que possibilita contato instantâneo com pessoas de vários locais do mundo e acesso a muitas informações.Com isso, a educação tem buscado inovações nessa influência ,trazendo interação em sala de aula não mais somente entre alunos e alunos,mas entre alunos e professores, direção, meios externos, etc.

Utilizar as mídias em sala de aula tem como fim aproximar-se da realidade vivenciada pelos presentes, para que participem da aula e contribuam no processo ensino – aprendizagem. Sua utilização deve acontecer de maneira planejada e com o cuidado de não usar tradicionalmente, apenas para mera exposição.


O desafio para aqueles que se propõem a trabalhar com as mídias é mostrar para os alunos que as informações nos alcançam com uma velocidade enorme mesmo que nem sempre as fontes sejam fidedignas.É indispensável destacar que não se pode acreditar em tudo o que a internet diz, é preciso saber selecionar as informações postadas, fazer uma análise crítica delas. E o nosso papel enquanto educador é ensiná-los a lidar e entender esse fato da melhor maneira possível.

O aluno deve se sentir desafiado a trabalhar e desenvolver aptidões através da mídia, assim, irá se interessar e procurar desenvolver um bom trabalho para que consiga uma comunicação adequada adaptando-se a essa nova  forma de apredizagem e automaticamente inserindo-se nessa realidade que está em constante desenvolvimento. Sabe-se que utilizando de forma correta aquela escolhida,o mesmo conseguirá usar todos os recursos que ela oferece e, com isso, sua comunicação será direta, sem "impurezas", clara.

Na atualidade, com a diversidade de mídias, podemos trocar informações online, disponibilizar conteúdos, dar opinião e muitas outras intervenções. Isso reverte em maior acesso a educação para todas as pessoas, a qualquer tempo, em qualquer lugar (Fernanda Gomes, 2010).

Enfim, toda potência informativa que as mídias nos proporcionam prescinde utilização cautelosa de avaliação da qualidade e confiabilidade das informações prestadas, fazendo isso, torna-se revolucionário diante da educação. Os maiores desafios para nós professores,são: ter uma boa compreensão das maneiras de como atuar nessa realidade,ensinar a lógica que está por trás desse suporte de mídia que está em constante desenvolvimento, e compreender também a lógica desse movimento tecnológico, para assim integrar-nos nesses meios usados atualmente. É nítida a necessidade da preocupação do professor com a educação contemporânea,e as mídias podem nos auxiliar  de maneira eficaz se soubermos inseri-las no contexto dos nossos alunos.

                                                                                                                                  
                                                                                                                                      CLARA L.AULA MAGNA (Educação com as mídias e para as mídias)
Palestrante:Prof.Drª. Vani Kenski - PUC/SP em 8/3/2010 - Universidade Católica de Brasília - UCB

quarta-feira, 10 de março de 2010

Viajem ao conhecimento.

Buscar compreensão de algo que não conhecemos é aventurar-se a um universo, de emoções e descobertas. Porém,jamais será demasiado o ato da busca.O primeiro passo para o crescimento intelectual e emocional é dispor-se a adquiri-los.É individual e voluntário,e acima de tudo um ato de coragem que quando alcançado,faz-nos perceber que por mais enfadigante que tenha sido,qualquer esforço valeu a pena, e aí passamos a não querer cessar nessa jornada.Não nos acostumamos sem ela.Quanto mais adquirimos mais sentimos a necessidade de busca-la,pois essa ância, essa curiosidade que nos move e inquieta(como disse Paulo Freire) nos leva a um acúmulo,um amontoado de conhecimento direcionando-nos a ensinar.Haja vista que é evidente que aquele que não ensina o que aprende não sabe pra que aprende.O conhecimento só é válido perpétuamente quando compartilhado.De todos os bens que adquirimos,entre tudo que conquistamos,o conhecimento,o aprendizado é um dos únicos que ninguém pode nos tomar.Será sempre um bem durável em nós.