terça-feira, 7 de dezembro de 2010

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Por necessitarem de cadeiras para se locomover foram impedidos de aprender,ir à escola?








O fato de estar faltando uma pétala fez com que essa margarida deixasse de ser uma linda flor?








Todos continuam sendo quem nasceram pra ser,a diferença, é simplesmente o que nos permitimos sentir ao olhar pra eles...


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A filosofia da educação:

Examinar a realidade,o “porquê tudo é assim” é o início da descoberta. O pensamento filosófico vai além do que já é, inicía-se pelos resultados do questionamento do pensamento científico,é examinador e meditante que busca questionamentos às próprias questões.


Fazer surgir uma criticidade em um ser depende muito curiosidade individual.A criança por si só já nasce questionando.A fase do “por que?” É a melhor oportunidade de levá-la a desenvolver pensamentos em que não se conformem com uma simples resposta como “porque sim”.
A prática de ensinar deve refletir sua finalidade.

Deve analisar o porquê de fazer.Ou seja,passear entre a lógica da ação e a prática da ação.
A forma correta de pensar não aprendemos em um curso.É formada na relação educador e educando.
Questionar as práticas pedagógicas atuais na escola, na comunidade e a forma de vida dos alunos ,torna-se cada vez mais necessário e mostra a necessidade de inovação do sistema de educação.
Porém, o ato de  refletir deve vir paralelo à prática, será inválido,as práticas devem ser abrangentes e produzir resultados.Pois de que adianta somente pensar no problema e não encontrar solução?
A filosofia da educação é realizada com o auxilio de quatro práticas metodológicas em conjunto.

Práticas  metodológicas da filosofia da educação
Prática crítica ,em que avalia há teorias de interesse individual de um grupo em textos e artigos publicados.
Prática terapêutica que foca os problemas levantados e aperfeiçoa os textos, prática utópica discute o que realmente pode ser útil nas ações pedagógicas e confronta com o objetivo de avaliar se pode ou não ser aplicado para melhorar as práticas pedagógicas,e prática redescritiva, que reescreve os textos Pedagógicos,reavalia as praticas pedagógicas e redefine os sujeitos envolvidos nessas práticas para uma melhor possibilidade de criar novas ações e restabelecer mudança na educação.
O conhecimento como forma de se libertar...

Cada ser entende a realidade de maneira individual.
Cada um tem a visão de sua realidade.O homem vive preso em seus próprios conceitos sem muitas vezes se questionar o por quê.Entender que não somos donos de “nossos” atos e pensamentos não é tarefa fácil,mas um pensamento questionador.
Viver com uma só verdade é se privar do conhecimento , é perder a oportunidade de descobrir se nossas percepções são realmente a realidade.E isso só pode ser possível através da educação, da busca pelo conhecimento da desconstrução do que se vê como verdadeiro dando lugar à revelação das coisas ocultas .
A busca pela nova realidade é a formação que deve acontecer por toda a vida do educando.Ao descobrir o novo ele transforma tudo a sua volta para se adaptar a ela e continuar a construir o seu mundo baseado naquilo que agora crê ser a sua realidade.

Sugiro como ilustração assistir o vídeo seguindo o link:  http://www.youtube.com/watch?v=M-bN742UDb0

Aprendizagem um processo complexo
Em uma comparação do aprendizado em sala com uma panela de pipoca, um texto de Rubem Alves  mostra a possibilidade de haver diferenças de níveis de  aprendizado.
Existe a possibilidade de algumas crianças apresentarem mais dificuldades ao mesmo tempo que outras tenham mais facilidades para aprender.
No texto podemos entender com a ilustração que pipocas são as crianças que  se desenvolvem mais e piruás as que têm um pouco mais de dificuldades.
A lógica é deixar claro que em uma sala de aula embora seja exposto à todos da mesma forma,não será incomum que o conteúdo não venha ser absorvido com a mesma “qualidade” por todos por cada aluno possuir vários fatores que envolvem o contexto de sua vida,determinando portanto que a aprendizagem é
um processo complexo.

O pensamento complexo

Para conhecermos o todo precisamos examinar as partes,a complexidade está em tudo a nossa volta e existem algumas complexidades possíveis de criarmos um raciocínio linear.,porém quando se trata de assuntos voltados para a forma como as pessoas pensam,o que sentem,como se comportam,não é possível termos esse raciocínio linear.
O pensamento complexo não se detém apenas no que deve ser questionado ou no que deve ser pensado,mas na descoberta,no que há após a quebra de paradigma,no “pra quê” foi impugnado.
Relacionando à aprendizagem, há um motivo,existe uma razão pela qual ele deve ser detida.
Isso caracteriza uma série de elementos chamados de percepção, atenção, e memória que juntam-se para formar o sistema complexo da aprendizagem.

As ciências cognitivas
Aprender é algo típico da espécie humana.Faz parte de seu organismo adquirir  conhecimento.O cérebro está condicionado a esse fato.Porém, não se aprende somente com o cérebro,nem somente na escola,mas em toda parte e durante toda existência.Mas a necessidade de conhecimento, embora inata, é puramente biológica.Por isso,não há como separar a busca pelo conhecimento e sua função biológica bem como social,pelo fato de a humanidade ser moldada pela cultura a qual pertence.Essa analogia nos ireciona para a relação corpo e mente,desenvolvimento Físico e racional e, automaticamente, social e cultural.
Portanto o homem transforma e interage com o meio transformando a si mesmo.
As ciências cognitivas fazem parte do estudo da aprendizagem por levantar questões do conhecimento,a natureza do conhecimento,a sua origem e sua dinâmica.Teve início em 1948 com o objetivo de discutir sobre como o sistema nervoso central controla o comportamento,desenvolvendo uma comparação entre o computador e o cérebro humano.
Para acrescentar sugiro a leitura de um texto de Adriano Pasqualotti “O cérebro e o computador” :
http://usuarios.upf.br/~pasqualotti/contemporaneos.htm

O nosso sistema nervoso e o processo de aprendizagem
Segundo o filósofo e poeta Bachelard o conhecimento simboliza a realidade,por isso exige que tenhamos a noção de nossas limitações para que possamos superá-las.

Memória emoção,aprendizagem e inteligência
Com isso,nossa curiosidade não deve ser menor que a vontade de criar,ou corremos o risco de nos equivocarmos em convicções.Ou somente na busca pela realização do material e da auto-ealização.
O conhecimento deve gerar em nós algo mais profundo como uma experiência,não só mudar a nossa visão a respeito de algo.O que gera na verdade são novos conceitos desconstrutores dos já sabidos para com o confronto transformar o saber atual.
E o obstáculo maior é realmente um pensamento fechado, vazado apenas em suas próprias idéias que não permitem mudança.
Temos que focar nossa busca nas hipóteses do real, aproveitar as oportunidades para expandir nossa mente raciocinando sobre o que nós chamamos de realidade.

O sistema nervoso e nossa percepção do mundo.

 




Nossos olhos nos enganam.
Somos prisioneiros do nosso próprio cérebro.
Aquilo que vemos na verdade é a interpretação que nossas idéias fazem e pode não ser realmente o que é de verdade.
Acreditamos somente no que queremos acreditar.
Alguma vez você já viu um tipo de verde e outra pessoa afirmou piamente ser azul?
Que cor você vê nesse esmalte,verde ou azul?

O ato de aprender não é cumulativo.são interligações de informações que vão tomando posições no novas no cérebro.
Percebemos o que no cerca através de nossos sentidos,audição, visão,tato, olfato e paladar.
Porém, o que eu vejo não é necessariamente o que outra pessoa vê.
Da mesma forma temos que ter consciência que nossos alunos não terão a mesma visão sobre determinado assunto.
Nem sempre o que vemos é o correto.
5A1B4 T4MB3M 6UE 0 C0223T0 N3M 5EMP2E É 0 6UE V3MOS.
Mesmo assim interpretamos à nossa maneira.

Se você conseguir ler as primeiras palavras o cérebro decifrará automaticamente as outras…



(3M D14 D3 V3R40), 3574V4 N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314.
3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35, P4554R3L45
3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U
7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4.
4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0,
C0RR3R4M P3L4 PR414, FUG1ND0 D4 4GU4, R1ND0 D3 M405 D4D45 3 C0M3C4R4M 4
C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0. C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40:
G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154 ,3 ,M415 C3D0 0U
M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4
C0N57RU1R. M45 QU4ND0 1550 4C0N73C3R 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R! 3N73ND1 6U3 S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 C4R1NH0. 0 R3570 3 F3170 D3 4R314.
Nosso cérebro tem a capacidade automática e inata de converter informações para nosso entendimento.Algumas pessoas ao lerem esse “texto” terão maior facilidade que outras.Isso irá depender da sua percepção.


Construímos nosso eu através de nossa história,por isso,nossas memórias não são só lembranças de acontecimentos,mas a construção de fatos que já vivemos e que interpretamos de forma diferente cada vez que a descrevemos.
A memória funciona da seguinte forma:Primeiro,captamos um dado do ambiente,(codificação),em seguida,conservamos a informação em nosso cérebro, (armazenamento) logo recorremos aos dados captados e armazenados ( recuperação).
A codificação funciona de três maneiras: a captação sensorial,que armazena os dados por pouco tempo,porém esses dados passam por uma triagem em que a julga se é um dado importante ou não.esse processo julgamento é feito pelo nosso sistema atencional que pode ou não transformar a memória em longa ou de curta duração.Caso se repita ou envolva emoções intensas essa memória se conservará
a longo prazo a qual chamamos de automatizada.
Sugestão de matéria :
http://scriptorium-virtual.blogspot.com/2008/03/as-crianas-aprendem-tica-imitando-os.html

O aprendizado baseado em memorização, chama-se aprendizagem mecânica ou superficial,pois na verdade não foi aprendido, apenas memorizado e evocado uma vez.Por outro lado,quando nos aprofundamos a respeito do objeto estudado e o associamos às informações que já havíamos detido no cérebro ou sentimos mais afinidade, temos um aprendizado de forma profunda.
A memória desaparece, enquanto a aprendizagem profunda, molda a inteligência.
A inteligência muitas vezes interpretada de forma errônea,pode ser definida também,como a capacidade resolver problemas e aprender com eles.Foi inventado como forma de aferir a inteligência os testes de QI,em que medem o grau de idade mental de crianças parcialmente retardadas para que lhes fossem de direito educação de acordo com suas necessidades.
Porém,os testes não são confiáveis, haja vista que não levam em consideração o contexto de vida como situação financeira e localidade de moradia por exemplo dos testados.
Matéria da revista Super Interessante que discute o tema:
http://super.abril.com.br/cotidiano/brilhantes-natureza-443880.shtml
Na verdade existem pessoas com diferentes tipos de inteligências,ou uma pessoa desenvolve mais um tipo de inteligência que outra. Ser classificado como mais ou menos inteligente também pode prejudicar 
o aprendizado da criança.Porém é possível identificar se tem tendências acadêmicas ou não ainda nos primeiro anos de aprendizagem.
Um vídeo de uma criança considerada incrívelmente inteligente pode ser visto no link:
http://www.youtube.com/watch?v=wqtvNwZr-1o&feature=related
Percebemos que depois de alguns instantes em que está sendo exibida, a menina diz “posso brincar agora?” como se tivesse que fazer um esforço para terminar e só assim poder brincar;pergunta onde outra pessoa vai,mostrando, inconscintemente a a vontade de sair.
tudo que ela disse foi memorizado.percebemos que ela não demonstra conhecimento profundo de pouco de tudo que decorou.A vontade da pessoa adulta que estava gravando era exatamente exibir sua capacidade enquanto que a menina queria na verdade olhando o tempo inteiro a sua volta e falando tudo rápido sair e
brincar como criança.
Outra matéria que complementa o tema pode ser vista através do link:
http://super.abril.com.br/ciencia/inteligencia-447711.shtml

Aprendizagem,psicologia,motivação e problemas de aprendizagem
A psicologia e a aprendizagem:
A aprendizagem pode ser estudada pelas quatro escolas psicológicas que são comportamentalista,psicanalista, humanista ou cognitivista.
Comportamentalismo: Dividido em três estágios,estímulo,comportamento e reforço.No comportamentalismo,a aprendizagem se dá através do condicionamento gerado pelos estímulos(Behaviorista).
Psicanalismo:Defende que forças recíprocas estimulam a mente gerando a aprendizagem através também do confronto.A escola deve trabalhar o ego para que emoção e razão controlem a personalidade. Contradiz a visão comportamentalista a autonomia no conhecimento.
Humanismo: Influenciada pela filosofia existencialista do filósofo francês Jean-Poul Sartre e destaca a construção da subjetividade e construção do ser.

Motivação para Aprendizagem:

A motivação pode ser definida como algo que de forma externa leva a uma ação ou comportamento observável.
Quando se deseja a contínua ação positiva de uma criança ,usamos a recompensa, ou seja,o estímulo repetido gera o habito.Quando se deseja anular uma ação indesejada usamos a punição.
Na psicanálise, a motivação está ligada a saciedade de necessidades como fome, sede,
sexo,etc..Para Freud,fenômenos inconscientes como sonhos,podem influenciar na motivação.
Os psicólogos afirmam que a criatividade é motivadora de descobertas.
Sabemos que há motivações que contribuem para uma boa aprendizagem e outras que atrapalham. Podemos citar alguns por exemplo: envolvimento emocional do aluno com o objeto estudado,ansiedade,necessidade de exploração e descoberta.
Esses fatores são os responsáveis por gerar uma aprendizagem superficial ou profunda.
Nosso foco como educadores deve ser acima de tudo o aprendizado em si,não só os resultados.

Como se aprende e a questão dos “problemas da aprendizagem”

Para aprender,é necessário desestruturar conceitos e agregá-los a novas idéias, ou seja, criar conflito de idéias existentes com novas idéias,por esse motivo alguns problemas podem surgir.
Como educadores cabe a nós estudar esses problemas e busca estratégias para exaurí-los e evitá-los.
Se a organização dos planos pedagógicos e de aula não levarem em conta o contexto de vida do aluno e não forem voltados à sua realidade,se não houver participação desses alunos no desenvolvimento destes,situações geradoras de problemas serão inevitáveis.A participação do aluno na aula é determinante ao seu aprendizado.
A tempos o professor era visto como o detentor do saber.Sabemos que isso é um conceito arcaico.Ensinar a partir do que já se sabe é bem mais prático. O aluno que questiona, que argúi e expõe seu ponto de vista cresce no aprendizado e auxilia o mesmo aos alunos a sua volta bem como muitas vezes o professor.
Como disse Paulo Freire, “Não há saber mais,ou saber menos.Há saberes diferentes.”

Hábitos de estudo e desenvolvimento da expertise.

Expertise pode ser caracterizada como uma habilidade particular de desenvolver bem uma tarefa específica de um domínio.
Pessoas que possuem a expertise,dedicam-se aos estudos de forma intensa se responsabilizando pelo seu aprendizado,levando-se a atingir altos níveis de conhecimento e domínio das tarefas para isso.Para tanto essas pessoas criam estratégias disciplinadas para atingir suas metas de forma eficaz.


CONCLUSÃO

Só sabemos o que tem por trás do muro quando nos aventuramos a derrubá-lo,e acomodar-se atrás dele é limitar-se, definhar na prisão de uma convicção e não dar importância ou valorizar as possibilidades vivendo com uma única certeza, sem a grande aventura do questionar, rejeitando a autêntica capacidade humana de pensar,pensar sobre o que já foi pensado e pensar em como e por que está pensando.
É importante aprendermos sobre como aprendemos.As ciências cognitivas me ajudaram a entender melhor o processo cerebral,as habilidades produzidas pelo sistema nervoso e o processo de ensino e aprendizagem. Conhecendo a evolução cognitiva da criança em sua pré-aprendizagem e a constituição do conhecimento necessário será inevitável chegar ao desenvolvimento desejável.


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A IMPORTÂNCIA DA PONTUAÇÃO


Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim:

Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres


Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.
1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:


Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:


Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:


Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:


Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Vejamos outro caso:
Como pontuaria o seguinte?  

Senão comer a garota morre

  • Se não comer,a garota morre!
  • Se não comer a garota,morre!
PODEMOS PERCEBER COMO UMA VÍRGULA LOCALIZADA CORRETAMENTE É IMPORTANTE!PRINCIPALMENTE EM PALAVRAS COM SENTIDO DUPLO.


COMO PONTUAR A FRASE SEGUINTE USANDO SOMENTE DOIS PONTOS E DUAS VÍRGULAS?

Maria toma muitos banhos porque sua mãe disse ela me dá a toalha

(Antes de vê-la pontuada,tente fazer você mesma(o) a pontuação).

AGORA COM A DEVIDA PONTUAÇÃO:

Maria toma muitos banhos porque sua.Mãe,disse ela,me dá a toalha.

NÃO ESQUEÇA: O QUE VOCÊ QUER COMUNICAR DEPENDE MUITO DE SUA PONTUAÇÃO.

 Poderíamos afirmar também:


"A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras.
Nós é que fazemos sua pontuação. E isso faz toda a diferença..."






 





 


















sábado, 12 de junho de 2010

LIVRO DE PEDRO DEMO Sociologia da Educação:Sociedade e suas oportunidade


FICHAMENTO DO CAPÍTULO 6 "ALGUNS TEMAS RELEVANTES"

DEMO, Pedro. Sociologia da Educação:Sociedade e suas oportunidade.Brasília. Plano Editora, 2004

Idéia central do autor :
Destacar temas sociológicos tratando estratégias educacionais para situações que possibilitem um bom desenvolvimento social.


Argumentos do autor :

EDUCAÇÃO E CIBERESPAÇO:
• Computadores como motivação para intensificação de conhecimento levando em conta seu uso satisfatório;
• Cada vez mais se torna possível relacionar-se com as mesmas emoções e cumprir tarefas de forma virtual que antes eram impossíveis, porém, o aprendizado só é possível de forma presencial;
• É impossível hoje viver sem a tecnologia, no entanto, o desafio do educador é recriar uma educação que venha habilitar para o uso adequado desses recursos tecnológicos desde sua criação, haja vista que as formas atuais destacam mais a fixação de um conteúdo que a maneira pela qual ele está sendo aplicado.

EDUCAÇÃO VIOLÊNCIA E DIREITOS HUMANOS
• A violência intensificada pelos “criminosos inteligentes” equipados tecnologicamente de forma a se fortalecer financeiramente ao ponto de corromper o Estado, formando bases capazes de manter o controle mesmo de dentro dos presídios, que pela corrupção do sistema se desencadeiam em escolas de banditismo;
• A violência independe da classe social do indivíduo. Os mais favorecidos financeiramente agem com uma certa violência quando desobstruem os direitos dos mais pobres quando abrindo brechas na lei usam de subterfúgios e impedem os mais pobres de usufruir de direitos adquiridos com o pagamento de impostos.
• Violência educada usada em disputas por vagas de empregos ou imposição (ou não) de ideologias, que incentivam a rebeldia contra o sistema.

INDISCIPLINA E NOVAS GERAÇÕES:
• Liberdade sem equilíbrio de não se cumprir regras como causa de indisciplina dessa nova geração;
• Abuso de direitos atualmente criados a essa nova geração a torna cada vez mais diferentes das anteriores;
• Necessidade de uma reestruturação da educação para que uma motivação maior de estudantes ao conhecimento cabe aos professores que indiretamente são desmotivadores;
• O lúdico infantil pode ser um meio de inovação para motivar;
• Minha liberdade é baseada na liberdade do outro para uma bem comum;

EDUCAÇÃO, PAZ E SOLIDADRIEDADE:
• Ser solidário tem se tornado status, mas é visto intrinsecamente que a intenção é puramente de promover-se sem intenção verdadeira de transformação de circunstância;
• Necessidade de solidariedade na educação para uma boa qualidade essa relação pode ser vista na educação do trânsito;
• Antagonismo entre solidariedade e fundamentalismo árabe ou norte-americano;

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
• Uma educação não pode ser voltada para o capitalismo;
• O neoliberalismo opta por pessoas que criem sem argüir embora isso seja uma realidade utópica,
• A emoção tem sido forma de induzir o trabalhador a uma educação profissional limitada que propende a empresários o lucro e ao poder público marketing. Mesmo tendo gerado benefícios, paralelamente não se facilita a produção sem trabalho árduo.
• Com a criação da LDB a educação profissional passou a ser vista como meio para alcançar uma cidadania, adquirir visão política e renovação de conhecimento.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL
• Somente a ameaça à nossa existência nos alertou da atual situação de destruição do planeta;
• Conscientização de ética ambiental dentro do cotidiano de cada indivíduo;
• A educação ambiental nas escolas desperta a visão de que os recursos naturais não são privados, mas bens comum à humanidade;
• O capitalismo impede o desenvolvimento sustentável que já é visto como a alternativa de desenvolvimento já que por ser predatório impediria a sustentabilidade;
• A destruição do planeta é reflexo da ganância egoísta do capitalismo pelo desenvolvimento;

EDUCAÇÃO SEXUAL
• Educação sexual natural pode ser vista como violenta desvantajosa às mulheres;
• A sociedade machista desperta um bloqueio na educação sexual tornando-a suja e aparentemente perigosa;
• Mudança em conceitos como virgindade, profissões antes exclusivas de homens, trazem mudanças à sociedade atual, a mulher deixa de ser vista como objeto de uso masculino e atua eficazmente no desenvolvimento social;
• Educar sexualmente sem moralismos para quebra paradigmas e obstruir a mente levando ao reconhecimento de que sexo é algo natural e necessário.
• Educação sexual não tendenciosa e diária para coibir a impostura. Com isso,possivelmente poderia se impedir a amplitude de sujeira causada pelo desejo do proibido trazendo consciência igualitária se sexos e além de informar formar para algo puro;

EDUCAÇÃO E MULTICULTURALIDADE
• Multiculturalidade opõe-se ao a divisão do eurocentrismo;
• Não existem culturas superiores;
• Educação que reforce sua cultura, porém que oriente sobre outra conservando suas raízes culturais;
• Respeitar a diversidade de cultural da nação;
• Modificações culturais são necessárias para se manterem ou desaparecem;
• Valorizar a linguagem própria de cada tipo de população com equilíbrio para que não haja equívocos educacionais;


EDUCAÇÃO E ÉTICA:
• Ética é manter comportamentos e atitudes que moralmente não interfiram na convivência alheia;
• A educação embora se fundamente criar sujeitos que criem sua própria história prepara para o coletivo;
• O aluno que apenas sabe obedecer não tem personalidade;
• Cabe ao educador manter o equilíbrio entre formar um cidadão crítico com pensamento próprio, porém que viva por um bem comum;
• Faz parte de a ética respeitar as diferenças de forma individual em sala de aula;
• Aprender a viver e conviver democraticamente entre si;

Conclusão do  autor:
 Se os profissionais da educação não forem habilitados a dar vida aos meios tecnológicos que podem contribuir ao ensino desde sua formação profissional, não passarão de instrumentos debilizadores sem vida pedagógica, pois equivalentemente contém informações que contribuem ao conhecimento e informações fúteis induzíveis ao erro;
• É necessário contextualizar a violência e combatê-la de forma que para isso não seja preciso usá-la.
• Há uma probabilidade de que a debilidade dos alunos seja um reflexo de nossa impotência em métodos inovadores.
• É indispensável à naturalidade em haver paz e democracia para uma convivência, porém torna-se necessária a rebeldia para realização de ideais mais humanos.
• Educação com autoridade, porém sem autoritarismo.
• Dar prioridade a uma educação que leve o aluno a questionar se o desenvolvimento desenfreado é viável ao planeta, lavá-lo a criar uma consciência sem moralismos, reconstruindo politicamente à realidade de forma que seja possível conviver comumente para um progresso sem destruição de recursos naturais.
• Por vivermos em uma sociedade erotizada cabe aos educadores prepararem-se adequadamente para uma educação sexual sem mitos ou tabus considerando o ambiente propício de convívio aos adolescentes.
• Criar uma educação que imponha sua particularidade que não se anule e sem fundamentalismo de homogeneização.
• É fundamental convencer sem vencer.


Apreciação
É clara a necessidade de uma reestruturação educacional. Na sociedade em que vivemos passamos por situações que exigem uma reciclagem.Valores e conceitos são deixados para trás enquanto a busca desenfreada pelo conhecimento trás um progresso dicotômico.
A educação é peça fundamental na construção do pensamento ético e crítico da cada indivíduo, não só com o intuito de levá-lo a conhecer o meio em que vive, mas de atravéz de seus limites darem continuidade a sua existência acima de tudo sem o risco de destruir-se e ao outro.


Émile Durkheim - O QUE É UM FATO SOCIAL?

Do livro: As regras do Método Sociológico.

Antes de procurar qual método convém ao estudo dos fatos sociais, importa saber
quais fatos chamamos assim. A questão é ainda mais necessária porque se utiliza
essa qualificação sem muita precisão. Ela é empregada correntemente para
designar mais ou menos todos os fenômenos que se dão no interior da sociedade,
por menos que apresentem, com uma certa generalidade, algum interesse social.

Mas, dessa maneira, não há, por assim dizer, acontecimentos humanos que não
possam ser chamados sociais. Todo indivíduo come, bebe, dorme, raciocina, e a
sociedade tem todo o interesse em que essas funções se exerçam regularmente.
Portanto, se esses fatos fossem sociais, a sociologia não teria objeto próprio, e
seu domínio se confundiria com o da biologia e da psicologia. Mas, na realidade,
há em toda sociedade um grupo determinado de fenômenos que se distinguem
por caracteres definidos da queles que as outras ciências da natureza estudam.
Quando desempenho minha tarefa de irmão, de marido ou de cidadão, quando
executo os compromissos que assumi, eu cumpro deveres que estão definidos,
fora de mim e de meus atos, no direito e nos costumes. Ainda que eles estejam de
acordo com meus sentimentos próprios e que eu sinta interiormente a realidade
deles, esta não deixa de ser objetiva; pois não fui eu que os fiz, mas os recebi pela
educação. Aliás, quantas vezes não nos ocorre ignorarmos o detalhe das
obrigações que nos incumbem e precisarmos, para conhecê-las, consultar o
Código e seus intérpretes autorizados! Do mesmo modo, as crenças e as práticas
de sua vida religiosa, o fiel as encontrou inteiramente prontas ao nascer; se elas
existiam antes dele, é que existem fora dele. O sistema de signos de que me sirvo
para exprimir meu pensamento, o sistema de moedas que emprego para pagar
minhas dívidas, os instrumentos de crédito que utilizo em minhas relações
comerciais, as práticas observadas em minha profissão, etc. funcionam
independentemente do uso que faço deles. Que se tomem um a um todos os
membros de que é composta a sociedade; o que precede poderá ser repetido a
propósito de cada um deles. Eis aí, portanto, maneiras de agir, de pensar e de
sentir que apresentam essa notável propriedade de existirem fora das
consciências individuais.

Esses tipos de conduta ou de pensamento não apenas são exteriores ao
indivíduo, como também são dotados de uma força imperativa e coercitiva em
virtude da qual se impõem a ele, quer ele queira, quer não. Certamente, quando
me conformo voluntariamente a ela, essa coerção não se faz ou pouco se faz
sentir, sendo inútil. Nem por isso ela deixa de ser um caráter intrínseco desses
fatos, e a prova disso é que ela sê afirma tão logo tento resistir. Se tento violar as
regras do direito, elas reagem contra mim para impedir meu ato, se estiver em
tempo, ou para anulá-lo e restabelecê-lo em sua forma normal, se tiver sido
efetuado e for reparável, ou para fazer com que eu o expie, se não puder ser
reparado de outro modo. Em se tratando de máximas puramente morais, a
consciência pública reprime todo ato que as ofenda através da vigilância que
exerce sobre a conduta dos cidadãos e das penas especiais de que dispõe. Em
outros casos, a coerção é menos violenta, mas não deixa de existir. Se não me
submeto às convenções do mundo, se, ao vestir-me, não levo em conta os
costumes observados em meu país e em minha classe, o riso que provoco, o
afastamento em relação a mim produzem, embora de maneira mais atenuada, os
mesmos efeitos que uma pena propriamente dita. Ademais, a coerção, mesmo
sendo apenas indireta, continua sendo eficaz. Não sou obrigado a falar francês
com meus compatriotas, nem a empregar as moedas legais; mas é impossível agir
de outro modo. Se eu quisesse escapar a essa necessidade, minha tentativa
fracassaria miseravelmente. Industrial, nada me proíbe de trabalhar com
procedimentos e métodos do século passado; mas, se o fizer, é certo que me
arruinarei. Ainda que, de fato, eu possa libertar-me dessas regras e violá-las com
sucesso, isso jamais ocorre sem que eu seja obrigado a lutar contra elas. E ainda
que elas sejam finalmente vencidas, demonstram suficientemente sua força
coercitiva pela resistência que opõem. Não há inovador, mesmo afortunado, cujos
empreendimentos não venham a deparar com oposições desse tipo.
Eis portanto uma ordem de fatos que apresentam características muito especiais:
consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir, exteriores ao indivíduo, e
que são dotadas de um poder de coerção em virtude do qual esses fatos se
impõem a ele. Por conseguinte, eles não poderiam se confundir com os
fenômenos orgânicos, já que consistem em representações e em ações; nem com
os fenômenos psíquicos, os quais só têm existência na consciência individual e
através dela. Esses fatos constituem, portanto uma espécie nova, e é a eles que
deve ser dada e reservada a qualificação de sociais. Essa qualificação lhes
convém; pois é claro que, não tendo o indivíduo por substrato, eles não podem ter
outro senão a sociedade, seja a sociedade política em seu conjunto, seja um dos
grupos parciais que ela encerra: confissões religiosas, escolas políticas, literárias,
corporações profissionais, etc. Por outro lado, é a eles só que ela convém; pois a
palavra social só tem sentido definido com a condição de designar unicamente
fenômenos que não se incluem em nenhuma das categorias de fatos já
constituídos e denominados. Eles são, portanto o domínio próprio da sociologia. É
verdade que a palavra coerção, pela qual os definimos, pode vir a assustar os
zelosos defensores de um individualismo absoluto. Como estes professam que o
indivíduo é perfeitamente autônomo, julgam que o diminuímos sempre que
mostramos que ele não depende apenas de si mesmo. Sendo hoje incontestável,
porém, que a maior parte de nossas idéias e de nossas tendências não é
elaborada por nós, mas nos vem de fora, elas só podem penetrar em nós
impondo-se; eis tudo o que significa nossa definição. Sabe-se, aliás, que nem toda
coerção social exclui necessariamente a personalidade individual.

sábado, 24 de abril de 2010

DICAS DE PORTUGUÊS - ASPECTOS SEMÂNTICOS

ABREVIATURAS - As abreviaturas do sistema métrico decimal não em ponto nem fazem plural: 2h, 10m, 3km, 40kg, 2h30min (aceita-se 2h30), 2h30min14s...

ABSTÊMIO – É só para “bebidas alcoólicas”: Tornou-se um abstêmio convicto depois de 20 anos de alcoolismo.

ACERCA DE – Significa “a respeito de”: “Falávamos acerca do jogo de ontem” .

A CERCA DE – Cuidado. Devemos usar quando houver ideia de “tempo futuro” ou “distância”: “Só nos veremos daqui a cerca de 60 dias”; “Estamos a cerca de 20 quilômetros do lugarejo”.

AEROSSOL - s.m. Dispersão, em partículas muito finas, de um líquido ou de uma solução num gás: os aerossóis permitem a aplicação de medicamentos de produtos anticriptogâmicos.

AFORA – Numa palavra só, significa “à exceção de, além de, para o lado de fora”: “Jogou pela janela afora”; “Os diretores compareceram à reunião, afora o de finanças” (exceto).

A FORA – Escrito separadamente, só existe em oposição a “dentro”: “... de dentro a fora”.

ALTERNATIVA – É “outra opção”. Evite “outra alternativa”, porque é redundante. Evite também “única alternativa”. É preferível: única possibilidade, única saída...

ANIVERSÁRIO – Refere-se a “ano”. Devemos evitar: “Eles fizeram aniversário de três meses de namoro” ou “Cadernetas de poupança com aniversário no dia conco”.

ANO-NOVO/ANO NOVO – Ano-Novo ou ano-novo refere-se à virada do ano, à festa de entrada. Ano novo é o novo ano, refere-se à totalidade do ano novo: “Feliz Ano-Novo e próspero ano novo”.

AO INVÉS DE – Significa “ao contrário de”. Só pode ser usado se houver troca “por situação oposta”: “Ele entrou à direita ao invés de entrar à esquerda”. “Subiu ao invés de descer”.

A PARTIR DE – Use quando houver referência a tempo (presente ou futuro): “A partir de hoje, os brasileiros já podem pagar suas contas por telefone”; “Este serviço só estará disponível a partir do próximo mês”. Em referência a tempo passado, use a preposição desde: “Ele vive em Goiás desde 1970.” Não devemos usar a expressão a partir de se não houver referência a tempo e lugar.. É inadequado dizer: “A partir do que ficou acertado na reunião...”O melhor é: “Segundo o que foi acertado...” ou “De acordo com o que ficou acertado...”.

BAIXO/BARATO – O preço é alto/baixo, mas o produto é caro/barato: “O preço dos automóveis está muito alto/baixo”; “Esse automóvel está muito caro/barato”.

CAMPUS – Sem acento, é latim. Plural: campi. Se preferir, pode usar com acento gráfico: câmpus (forma aportuguesada). Nesse caso, o plural é os câmpus.

CELA – Quarto, aposento: cela do presídio, cela do seminário. SELA – Assento: Tirou a sela do cavalo.

CESSÃO – É o “ato de ceder”: Preferiu fazer a cessão dos seus bens...

SECÇÃO – É o “ato de seccionar”: “O médico fez uma secção...(=um corte).”

SESSÃO - É “qualquer tipo de reunião durante um período de tempo”: sessão de cinema, sessão da câmara, sessão do júri.

SEÇÃO – Pode ser “divisão, departamento, área, setor”: “Trabalha na seção de artigos importados”; “Terá de comparecer à (a) sua seção eleitoral”.

SEM-NÚMERO / SEM NÚMERO – Sem-número é substantivo: “Compareceu um sem-número de pessoas” (= número indeterminado). Com a função adjetiva, é invariável e sem hífen: “Resolveu problemas sem número” (= inumerável).

CHECAR – Anglicismo desnecessário. É melhor verificar, conferir,confrontar, comparar.

CICLO VICIOSO – Não existe. O correto é círculo vicioso.

COLOCAR – Verbo usado excessivamente. Evite. Use quando houver claramente a ideia de “lugar”: “Colocou a bola na marca do pênalti”; “Vai colocar o livro na estante”.

CONTRACEPTIVO – Anglicismo desnecessário. Use anticoncepcional.

DELETAR – Só em textos de informática. É preferível apagar ou excluir.

DESCRIMINALIZAR – É um neologismo. É o mesmo que descriminar (=deixar de ser crime).

DESTRATAR – É “tratar mal”: “A mulher foi destratada em público.

DISTRATAR – É “romper um trato”: Não havendo acordo, eles assinaram um distrato.

DIVISA – Usamos para estados: “Na divisa de Pernambuco com a Paraíba”.

LIMITE – Use para municípios: “Aqui onde o Rio de Janeiro faz limite com Duque de Caxias”.

FRONTEIRA – Usamos para países: “Na fronteira do Brasil com o Paraguai”.

ELENCAR – Modismo. É um neologismo a ser evitado. É melhor: “enumerar, listar”.

DOMICÍLIO – O correto é “entregas em domicílio”. É o mesmo que fazer entregas “em casa, no escritório, no quarto do hotel”. Só usamos a domicílio com verbos de movimento: “Conduziram o doente a domicílio” (melhor: “...ao seu domicílio”).



- CONSULTAR:

Epidemia/Endemia/Epizootia; Estrela; Etc.; Extorquir; Falar; Fatal; Fora de si; Foro/Fórum;Frente; Habitat; Hindu/Indiano; Horário: Infarto;Isentado/Isento;

Jargões;Junto/Junto a/Junto de/Junto com;Madrugada; Maior/Mais/Maiores/Mais Bem/Mais Mal/Mais Pequeno; Mal/Mau; Malcriação/Má-criação/Malcriado/Mal criado/Mau-educado/Mal Educado.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Reforma Ortográfica:Novo acordo ortográfico.

ALFABETO:Ganha três letras:K,W e Y.

Regras de acentuação
Trema:
  • antes:freqüente,tranqüilo-lingüça,agüentar;
  • depois:frequente,tranquilo,linguiça,aguentar.
ACENTUAÇÃO 1:
O acento dos ditongos abertos (éi, e ói) desaparecem das palavras paroxítonas ( de penúltima sílaba tônica),ex:
  • Antes:européia,idéia,apóio,bóia,asteróide,Coréia,estréia,jóia,platéia,paranóia,jibóia,assembléia...
  • Depois:europeia,ideia,apoio,boia,asteroide,Coreia,joia,plateia,jiboia,assembleia.
  • OBS:herói,papéis,troféu,continuam sendo acentuadas por conter a última sílaba mais forte.
ACENTUAÇÃO 2:
Os acentos de U e I desaparecem quando estiverem depois de ditongos e, palavras paroxítonas:
EX:
  • Antes:baiúca,bocaiúva,feiúra
  • Depois:baiuca,bocaiuva,feiura
  • OBS:Se o I e o U estiverem na última sílaba,continua,como tuiuiú ou Piauí.
ACENTUAÇÃO 3:
O acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo(ou ôos) desaparecem:
  • Antes:crêem,deêm,lêem,vêem,vôo,enjôos
  • Depois:creem,leem,veeem,voo,enjoos.
ACENTUAÇÃO 4:
O acento diferencial de saparecem de todas as palavras contidas:
  • Antes:pára,péla,pêlo,pólo,côa,
  • Depois:para ,pela,pelo, polo, coa.
  • OBS:Não desaparece em o acento diferencial e, pôr(verbo)/por (preposisão) e pôde (pretérito).
ACENTUAÇÃO 5:
O acento agudo no u forte nos grupos gue e gui,que e qui,de verbos como averiguar,apaziguar,arguir,enxaguar também desaparece.
  • Antes:averigúe.apazigúe,ele argúi,enxagúe você.
  • Depois: averigue,apazigue,ele argui,enxague você.
  • OBS: As demais regras de acentuação continuam as mesmas.

domingo, 18 de abril de 2010

Arnaldo Jabor fala sobre os problemas na educação brasileira

Algumas argumentações de Arnaldo Jabor não me aprazem muito,porém, essa é uma das que concordo plenamente:

Para Arnaldo Jabor, é preciso ter verbas maiores para pagar os professores e escolas com mais segurança e tecnologia. Mas isso não é feito porque isso não interessa aos políticos.


É só clicar no lik ,assistir o vídeo e  avaliar sua opinião a respeito da educação brasileira.

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM985418-7823-ARNALDO+JABOR+FALA+SOBRE+OS+PROBLEMAS+NA+EDUCACAO+BRASILEIRA,00.html

COMO ORGANIZAR A BIBLIOGRAFIA E FAZER CITAÇÕES:


BIBLIOGRAFIA:
NO FINAL DUM TRABALHO ACADÉMICO, DEVEREMOS APRESENTAR A BILBLIOGRAFIA (listagem de obras consultadas) 

Esta listagem deve ser colocada por ordem alfabética, a partir do último nome do autor.

1.Sequência da entrada bibliográfica
AUTOR-DATA-TÍTULO DO LIVRO-TÍTULO DO ARTIGO-TÍTULO DO JORNAL-VOLUME-PÁGINAS-LOCALIDADE-EDITORA-DIVERSOS.

nota: devemos seguir esta ordem, contudo, consoante as pesquisas feitas, altera-se para:

PARA LIVROS CONSULTADOS:
Autor. (Ano). Título do livro. Localidade: Editora. COELHO, J. P. (1969-1971). Dicionário de literatura: literatura portuguesa. Vol. 2. Porto: Figueirinhas.


PARA ARTIGOS CONSULTADOS:
Autor. (Ano). Título do Artigo. Título do Jornal. Data. Páginas.

CRATO, Nuno. (2004, 20 Março). Primavera em Constância. Expresso: Actual, 38-40.
ARTIGOS DE ENCICLOPÉDIAS:

Autor. (Ano). Título do Artigo. In Título da Enciclopédia. (Volume, Páginas). Localidade: Editora.


MURCHO, Desidério. (2001). Regras da dedução natural. In Enciclopédia de Termos Lógico-Filosóficos. (Vol. 1, pp. 630-634). Lisboa: Gradiva.
 
PARA INTERNET PESQUISADA:
Autor. (Ano). Título do Artigo. [Consultado em] Data, [No website] Site. [Website:] URL do site


CRATO, Nuno. (2003). O eduquês e a pedagogia romântica nunca existiram (Jornal de Letras, 27/11/2003). Consultado em: 14-01-2005. No site Personal Links and Documents (Homepage). Website: http://pascal.iseg.utl.pt/~ncrato/Recortes/EduquesNuncaExistiu.htm

NOTA: Sempre que copiamos ou referimos ideias de outros autores devemos identificar tudo como CITAÇÕES que, na lista de BIBLIOGRAFIA, deve ser referido de forma completa.


2.Citações com menos de quarenta palavras:
 
É feita dentro do próprio texto que estamos a escrever; usando ASPAS, devemos indicar o AUTOR, ANO, NÚMERO DA PÁGINA. Vejam o seguinte exemplo:


Mendes (2003) informa-nos que em "1536, a Bula Apostólica do Papa Paulo III estabelece definitivamente em Portugal o Tribunal do Santo Ofício" (pp.3). 

A autora descreve-nos como em "1536, a Bula Apostólica do Papa Paulo III estabelece definitivamente em Portugal" (Mendes, 2003, pp.3) o Tribunal da Inquisição, mas sem nos informar das custos políticos de tal decisão.

É feita dentro do próprio texto que estamos a escrever; usando ASPAS, devemos indicar o AUTOR, ANO, NÚMERO DA PÁGINA. Vejam o seguinte exemplo:


Mendes (2003) informa-nos que em "1536, a Bula Apostólica do Papa Paulo III estabelece definitivamente em Portugal o Tribunal do Santo Ofício" (pp.3).


A autora descreve-nos como em "1536, a Bula Apostólica do Papa Paulo III estabelece definitivamente em Portugal" (Mendes, 2003, pp.3) o Tribunal da Inquisição, mas sem nos informar das custos políticos de tal decisão.


É feita dentro do próprio texto que estamos a escrever; usando ASPAS, devemos indicar o AUTOR, ANO, NÚMERO DA PÁGINA. Vejam o seguinte exemplo:



Mendes (2003) informa-nos que em "1536, a Bula Apostólica do Papa Paulo III estabelece definitivamente em Portugal o Tribunal do Santo Ofício" (pp.3).


A autora descreve-nos como em "1536, a Bula Apostólica do Papa Paulo III estabelece definitivamente em Portugal" (Mendes, 2003, pp.3) o Tribunal da Inquisição, mas sem nos informar das custos políticos de tal decisão.

3.Citações com mais de quarenta palavras:

É feita fora do texto que estamos a escrever, criando-se um "BLOCO DE CITAÇÃO" numa LINHA ABAIXO, com uma tabulação avançada de CINCO ESPAÇOS e SEM ASPAS.

EXEMPLO: Mendes (2003) declara o seguinte:
Porém, o edifício tinha dimensões reduzidas para a função que lhe estava atribuída, como se pode deduzir pela correspondência trocada entre D. João III, O Cardeal D. Henrique, Inquisidor Geral do Reino (1539-1580), e a Câmara de Évora, sugerindo ao Rei a mudança dos açougues para outro local, e a integração do templo romano no Tribunal do santo Ofício. (pp.3)



Estas recomendações seguem a norma internacional APA Citation Style :

Internet pesquisada:

JESUS, Luís Palma de, FAZER BIBLIOGRAFIAS E CITAÇÕES. Consultado em 04-11-2009, 23:00.

No site: http://www.geografismos.com/textos/bibliografias.htm


BOM TRABALHO!!
 

A influência grega na ética medieval e suas características

O período da ética medieval é revelado por um conjunto de crenças que adotam concepções teológicas. É marcado pela religiosidade das escolas Patrística e Escolástica. A ética era ditada pela igreja católica que empregava argumentos de Aristóteles e Platão para refazerem seus dogmas para os limites da vida cristã e exaltava o cristianismo evidenciando o relacionamento do homem com Deus como filosofia de vida, tendo o mesmo que submeter-se a Sua perfeita vontade, renunciando a própria e inculcando a idéia de igualdade entre os homens. Afirmava que a vida proveniente do homem não era natural, mas sobrenatural e defendia hipocritamente a igualdade entre homens, independente de sua vida social.

Na escola Patrística (sec. I a VII), uma escola filosófica, destacava-se Santo Agostinho, seguidor de idéias platônicas que pregava a espiritualidade de dois aspectos: o homem é composto de alma e corpo, vive na dicotomia de material e espiritual. Santo Agostinho, com o pensamento apostolado de que é necessário crer para entender - ou seja,quanto mais fé,mais verdade - afirmava que o homem crendo, exercitaria a fé que o levaria a compreensão e o induziria à razão, revelando assim, a prática da verdade. Porém, indo de encontro às idéias de Platão afirmava a individualidade da alma humana na experiência com o mal e a liberdade, e que o amor é a essência da vida moral. Com o surgimento da filosofia Escolástica, (sec.VIII a XIII) destacavam-se os axiomas de São Tomás de Aquino, seguidor dos pensamentos aristotélicos no final da idade média, alegando que a felicidade é decorrente da experiência individual com Deus. Defendeu a contraversão dos pensamentos agostinianos alegando a necessidade de antes compreender. Ou seja, o que nos leva à fé é a razão, o conhecimento nos leva à verdade, a forma de chegar até Deus é através do conhecimento. Afirmava ainda, que fé é efeito da carência humana e a caridade é o que nos aproxima de Deus.
Na época em que vivemos a ética tem sido muito discutida, porém pouco praticada. O âmbito da sociedade atual tem sido o capitalismo, o consumismo e o individualismo.A corrida pelo “ter” tem se sobreposto ao “ser”. E o que dizer da ética em relação à religiosidade?Se antes havia a pressão por uma igreja dominante, hegemônica, hoje, o homem fundamenta a sua fé no que uma igreja pode oferecer, mesmo tendo passado pelo “eu - comigo mesmo”, o que favoreceu a amortização da crença de interposição entre homem e Deus por meio da igreja. Os valores invertidos da sociedade têm instigado o homem à busca de saciar sua carência através de uma religiosidade antagônica.Embora a crença total na divindade suprema ainda persista,o individualismo impera na sociedade e a procura pelo ”meu” se sobrepõe à idéia de “igualdade entre os homens” espargida na época medieval.As virtudes são pouco evidentes entre o ser humano, e o bem e o mal não se discernem um do outro.Os “vícios não recriminados” contribuem para a extinção de um bem comum para um convívio social ,mesmo atuando tão mais intensamente na dicotomia difundida pelas teorias agostinianas.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

quarta-feira, 31 de março de 2010

DICAS DE PORTUGUÊS:"Palavras coringas" II

O verbo COLOCAR é outro caso de uso excessivo de palavras e merecem muito cuidado  em seu uso quando for necessário escrever um texto que exija mais formalidade, ou mesmo em casos de discurso ou falas mais formais.


Em uma mesa-redonda, certa vez um aluno disse: ”Professor, posso fazer uma colocação?” Imediatamente o professor respondeu: ”Em mim, não!”


Vamos observar alguns exemplos que comprovam o empobrecimento do nosso vocabulário devido ao uso exagerado do verbo COLOCAR:


1. O soldado não quis colocar a farda.
2. É preciso colocar mais sal no feijão.
3. O médico foi obrigado a colocar uma sonda.
4. Ele decidiu colocar o anúncio no jornal.
5. Eles não querem colocar os quadros nesta parede.
6. Para não cair, precisou colocar as mãos nos ombros do colega.
7. Os ladrões pretendiam colocar o dinheiro roubado na lixeira.
8. É necessário colocar em prática todas as suas idéias.
9. É bom não colocar essa palavra no texto.
10. O diretor pediu a palavra para colocar suas idéias.

Antes de continuar lendo o restante do artigo, releia  do 1 ao 10 substituindo o verbo colocar por outros que possam continuar dando o mesmo sentido às frases.Depois verifique se as frases abaixo contém os mesmos verbos usados por você.
Vejamos agora como poderíamos enriquecer-las evitando essa chatice de tanto emprego do verbo COLOCAR:


1. O soldado não quis vestir a farda.
2. É preciso acrescentar mais sal no feijão.
3. O médico foi obrigado a introduzir uma sonda.
4. Ele decidiu publicar um anúncio no jornal.
5. Eles não querem pendurar o quadro nessa parede.
6. Para não cair precisou apoiar (ou pousar) as mãos nos ombros do colega.
7. Os ladrões pretendiam esconder o dinheiro roubado na lixeira.
8. É necessário por em prática todas as suas idéias.
9. É bom não escrever (ou empregar, usar) essa palavra no texto.
10. O diretor pediu a palavra para expor suas idéias.


Depois de todas essas “colocações”, vou tentar "colocar" minha cabeça em ordem. Por ter "colocado' todas as minhas idéias para fora, agora eu posso "colocar" a cabeça no travesseiro e descansar. Estou esperando que você também "coloque" para fora sua opinião através de um comentáro sobre esse artigo, e que "coloque" em prática o que viu aqui: "coloque" sempre outra palavra no lugar do verbo COLOCAR.


DICAS DE PORTUGUÊS :Palavras "coringas".

Você sabia que há palavras que são “coringas”?

São palavras usadas para substituir várias outras. Isso caracteriza pobreza de conhecimento vocabulário,e torna a frase mais imprecisa,e isso é perigoso porque podemos dar várias interpretações.
Sem dúvida a pior de todas é a palavra coisa.
Frequentemente ouvimos alguém dizendo: ”Agora a coisa ficou preta”.


É bem intrigante uso da palavra COISA...Que coisa maravilhosa!Coisa é uma palavra sensacional: substitui qualquer coisa e não diz coisa alguma. É a palavra de sentido mais amplo que conheço... Faltou sinônimo, lá vai a coisa.
Coisa é uma palavra tão versátil que já virou até verbo: ”Eles estão coisando”. Lá sabe Deus o que eles estão fazendo!
Coisa é um substantivo, mas é capaz até de ser usado no grau superlativo absoluto sintético, como se fosse um adjetivo: ”Não fiz coisíssima nenhuma”.


Observe a história seguinte de um fato no Paraná:


Certo fazendeiro fez um empréstimo no banco, hipotecou a fazenda e, um mês depois, morreu. O banco,preocupado,mandou um fiscal à fazenda.Lá chegando,ficou feliz ao ver que tudo corria bem. A viúva trabalhava duro, o dinheiro investido já trazia lucro para a fazenda e o pagamento do empréstimo estava garantido. Ao retornar à sua cidade, o fiscal não teve dúvida e escreveu no relatório que enviaria a seu chefe: ”O fazendeiro morreu, mas o banco pode ficar tranqüilo porque a viúva mantém a coisa em pleno funcionamento”. Lá sabe Deus que coisa é essa!?


Não é difícil perceber que o uso dessa palavra é inadequado em textos mais cuidados e formais.


Dicas baseadas no livro "O português do dia a dia,como falar e escrever melhor".
Autor Sergio Nogueira Duarte da Silva.
Editora Rocco.


terça-feira, 30 de março de 2010

Causas do analfabetismo em jovens e adultos e as principais dificuldades enfrentadas na busca pelo letramento.

O objetivo dessa nota é mostrar alguns passos de uma pesquisa em andamento, cuja principal questão é identificar as causas do analfabetismo em jovens e adultos e as dificuldades enfrentadas pelos mesmos enquanto educandos. Para tanto se fez necessário buscar nos alunos do projeto AlfaSol (Alfabetização Solidária,e Alfabetização Cidadã da Extensão da Universidade Católica de Brasília) em Ceilândia, em parceria com o projeto EDUCS (Educação para a Cidadania e Segurança) da Polícia Militar do DF que funciona na 2ª CIA do 8º BPM em Ceilândia-DF, a resposta para este questionamento. Foram acompanhadas duas turmas, uma de vinte, e outra de dez alunos, com idades entre 18 e 79 anos.
A pesquisa, além de auxiliar o professor a entender melhor o aluno, o levará a desenvolver maneiras de alfabetizá-lo, usando o contexto da vida do mesmo, para uma melhor aprendizagem, e por conseguinte, demonstrar que a realidade vivida pelos adultos não letrados, em sua infância, é a mesma de muitas crianças e adolescentes ainda hoje no Brasil, onde, segundo as últimas pesquisas, atualmente existem mais de 14,1 milhões de analfabetos, e é visto como o país com maior número absoluto de adultos que não lêem nem escrevem na América Latina. A maioria dos alfabetizandos entrevistados é nordestina e carente financeiramente. Por isso, é bem difícil conseguir a conscientização dos responsáveis pelas políticas públicas de que esse é um problema social de nível nacional que pode ser possível resolver. O que na verdade, não deveria ser visto como um peso sobre os ombros dos governantes, haja vista que quando se investe na educação de um indivíduo, cultiva-se um caminho para a melhoria da sociedade e está automaticamente sendo plantada a semente de um ser capaz de desenvolver a possibilidade de crescimento social e econômico da própria nação. Contudo, os problemas na erradicação dessa catástrofe na educação do país, vão além do descaso visível dos responsáveis pela diminuição desses índices. Temos que enfrentar outros obstáculos, como o preconceito pelo ato de freqüentar as salas de aula já em idade adulta. Esse preconceito origina-se na maioria dos casos, das próprias famílias. Alunos com idade acima de 16 anos têm sofrido com a ridicularizarão por estarem em uma sala de aula com “velhos”, e aqueles com mais idade, ao mesmo tempo em que sofrem com a limitação física causada pela idade e desgaste mental, são desacreditados quanto a possibilidade de ainda aprender algo. Ao enfrentarmos esses entraves, percebemos que só a preparação para a leitura e escrita da palavra é insuficiente, sendo necessária a educação psicológica desses alunos. O desenvolvimento como ser humano individual, a conscientização de que são sujeitos capazes de criar e modificar sua realidade e a dos que com eles convivem. O trabalho em sala de aula tem que ir portas a fora, convencendo-os de que podem se tornar cidadãos críticos, com pensamento e visão própria, sem que seja necessário que alguém pense ou fale por eles. O desafio é torná-los parte da sociedade, prontos para lerem também as entrelinhas da vida.

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segunda-feira, 29 de março de 2010

O que é aprender?Como se aprende?Onde se aprende?
As respostas são várias... A primeira pergunta é relativa e bem fácil de responder"aprender é entender o sentido das coisas,descobrir.A segunda resposta não é muito difícil nem menos comum:"se abrindo ao desconhecido,às experiências,aos sentidos."Mas e a terceira??Quando se trata de educação formal sabe -se que a escola é o ambiente de socialização com outras crianças em que se define a vida em sociedade e inicia-se o letramento.Porém,a escola não é o único local de ensino (ou não deveria ser). A primeira referência de aprendizado da criança deveria ser sua casa,com sua família,onde os princípios,conceitos e valores teriam que ser inculcados e exaustivamente relembrados em seus primeiros anos de vida.
Hoje a família tem se esquivado dessa responsabilidade, a empurrando aos professores, e mesmo assim, em paralelo, eliminando todo o respeito que deveriam ter pelo ofício de professor (a). Os professores têm se desdobrado para serem educadores e muitas vezes pais de crianças que convivem em sala de aula.A ausência da família na busca do "ter", tem os obrigado a ensiná-los a "ser", obrigação essa dos genitores.Os valores e princípios têm sido atropelados dentro de casa,local de suas origens na vida das crianças e adolescentes.A consequência disso é situações de desrespeito e até mesmo violência dentro das escolas.Alunos não respeitam mais seus educadores e pais cobram o resultados dos mesmos afirmando em sua emitente ausência que eles têm a obrigação de ensinar além do plano político pedagógico.
A relação família x escola tem se tornado cada vez mais conturbada e o local dos primeiros ensinamentos tem sido uma grande questão a discutirmos.Então surge a questão:
A quem o sistema atual da educação tem beneficiado realmente?Se antes o importante era o rendimento do aluno para que o mesmo avançasse em sua trajetória letiva, e o respeito ao profissional da educação era primordial, hoje,a imposição de reter o mesmo na série cursada, e os conceitos familiares totalmente mudados, levam os educadores a uma situação de desvalorização que o sujeita a um sistema falho em relação ao verdadeiro objetivo da educação.

sexta-feira, 26 de março de 2010

EDUCAÇÃO COM AS MÍDIAS E PARA AS MÍDIAS


Entenda-se por mídia todo meio eletrônico que tem por finalidade comunicar rapidamente fatos a sociedade. Uma analogia interessante entre a evolução das mídias e a educação veja:

Anos60__ [Mídias informativas] __
anos70__ [Mídias passivas] __
anos80___ [Mídias autônomas-] __
anos90__ [Mídias interativas] __
ATUAL__ [Mídias interativas -Sites de relacionamento - comunicação imediata.]

Os meios de comunicação primeiros eram bastante limitados,  tínhamos apenas a televisão de um canal onde não podíamos optar em o que assistir,impondo informações sem a preocupação do que seria interessante para aquele que escutava, a partir deste ponto podemos recordar que a educação dos nossos avós e pais foi uma educação onde o objetivo era passar o conhecimento acumulado sem que o aluno pudesse participar, portanto, ele era receptor. Paralelamente às formas de comunicação em mídias,  eram refletidas nas escolas,o professor era visto como "o iluminado"(modelo de escola medieval citada no livro O ATENEU de Raul Pompéia, 1888).Podemos ver com isso, a influência das mídias na educação.Com o surgimento do controle remoto a variedades de canais, tivemos uma possibilidade maior de interagir e optar pelo que absorver,não só na televisão, mas automaticamente escolas,pois o ato de querer saber o que se passava em outro canal/visão levou á indagar sobre opiniões próprias ou não. Os vídeo cassetes,os vídeo games foram exigindo mais da interação em sala de aula,e as escolas buscam cada vez mais extinguir o modelo antigo.
Chegamos portanto, à rede de computadores que possibilita contato instantâneo com pessoas de vários locais do mundo e acesso a muitas informações.Com isso, a educação tem buscado inovações nessa influência ,trazendo interação em sala de aula não mais somente entre alunos e alunos,mas entre alunos e professores, direção, meios externos, etc.

Utilizar as mídias em sala de aula tem como fim aproximar-se da realidade vivenciada pelos presentes, para que participem da aula e contribuam no processo ensino – aprendizagem. Sua utilização deve acontecer de maneira planejada e com o cuidado de não usar tradicionalmente, apenas para mera exposição.


O desafio para aqueles que se propõem a trabalhar com as mídias é mostrar para os alunos que as informações nos alcançam com uma velocidade enorme mesmo que nem sempre as fontes sejam fidedignas.É indispensável destacar que não se pode acreditar em tudo o que a internet diz, é preciso saber selecionar as informações postadas, fazer uma análise crítica delas. E o nosso papel enquanto educador é ensiná-los a lidar e entender esse fato da melhor maneira possível.

O aluno deve se sentir desafiado a trabalhar e desenvolver aptidões através da mídia, assim, irá se interessar e procurar desenvolver um bom trabalho para que consiga uma comunicação adequada adaptando-se a essa nova  forma de apredizagem e automaticamente inserindo-se nessa realidade que está em constante desenvolvimento. Sabe-se que utilizando de forma correta aquela escolhida,o mesmo conseguirá usar todos os recursos que ela oferece e, com isso, sua comunicação será direta, sem "impurezas", clara.

Na atualidade, com a diversidade de mídias, podemos trocar informações online, disponibilizar conteúdos, dar opinião e muitas outras intervenções. Isso reverte em maior acesso a educação para todas as pessoas, a qualquer tempo, em qualquer lugar (Fernanda Gomes, 2010).

Enfim, toda potência informativa que as mídias nos proporcionam prescinde utilização cautelosa de avaliação da qualidade e confiabilidade das informações prestadas, fazendo isso, torna-se revolucionário diante da educação. Os maiores desafios para nós professores,são: ter uma boa compreensão das maneiras de como atuar nessa realidade,ensinar a lógica que está por trás desse suporte de mídia que está em constante desenvolvimento, e compreender também a lógica desse movimento tecnológico, para assim integrar-nos nesses meios usados atualmente. É nítida a necessidade da preocupação do professor com a educação contemporânea,e as mídias podem nos auxiliar  de maneira eficaz se soubermos inseri-las no contexto dos nossos alunos.

                                                                                                                                  
                                                                                                                                      CLARA L.AULA MAGNA (Educação com as mídias e para as mídias)
Palestrante:Prof.Drª. Vani Kenski - PUC/SP em 8/3/2010 - Universidade Católica de Brasília - UCB